25 junho 2014

' Entrevista ' - J.A. Marcos


Olá pessoal... tudo belezinha? Hoje o post é meeega especial ;D
Há algumas semanas atrás conversando com uma amiga (A Jaque, também colaboradora aqui) ela me falou sobre um livro que esta prestes a ser lançado. 



" Estrelas cadentes não dizem adeus " do autor J. A . Marcos. Escritor desde criança, apaixonado por séries, em especial Harry Potter. Casado, pai de dois filhos, extremamente simpático e bem humorado. E melhor de tudo, é brasileiro (já me sinto bem representada hahaha)

Confesso que só de ler o título, a curiosidade já bateu forte, então entrei em contato com ele. De começo achei que ele não fosse responder (mas não custava tentar né), e... (suspense hehe) sim! Ele respondeu.
Depois de algumas trocas de mensagens via: Facebook, ele aceitou trocar idéias com a gente e falar um pouco sobre seu livro. Sem mais enrolação, bora conferir? ;D

O que te inspirou a começar a escrever ?
- Eu sempre gostei muito de escrever. É algo que já vem desde criança. Eu lembro que pegava meus cadernos e ficava criando histórinhas nele. Depois fui vendo que eu podia criar algo mais palpável, com mais conteúdo, e como sempre fui muito viciado em seriados e em cinema me veio a vontade de criar minha própria história. Criar algo com início, meio e fim (?), nem sempre tem um fim né ? rsrsrs. E com o hábito da leitura, principalmente depois de Harry Potter, veio uma vontade ainda maior de escrever, e daí não teve como controlar... ou eu escrevia ou explodia hahaha.

Quando você comunicou a família/amigos que estava trabalhando em um livro, houve quem falasse que é "perda de tempo" ?
- Bom, primeiro eu fiz tudo na surdina. Quando comecei a escrever eu era muito inseguro (ainda sou um pouco, mas bem menos). Eu não sabia se o que eu escrevia era legal, se a forma de apresentar uma história era convincente e se prenderia o público que eu estava proposto a atingir. Como sou muito ansioso eu não consegui esperar muito para testar as opiniões, então peguei os primeiros capítulos de uma saga que eu havia iniciado e comecei a liberar em um blog, semanalmente, afim de testar. Eu não assinava, dizia que era de uma outra pessoa. Daí o pessoal foi gostando e os elogios foram surgindo. Apenas depois disso, quando eu escrevi meu primeiro romance e ele já estava finalizado foi que decidi contar mesmo pra todo mundo sobre escrever. Eu já estava buscando editoras, e muitos deles só souberam que eu de fato escrevia quando eu já estava com contrato assinado e o livro prestes a ser publicado. É realmente complicado você ter um sonho e ver as pessoas com comentários não muito agradáveis, muitos acham que você escreve porque quer ficar milionário, o que nem sempre é verdade. A gente, autor nacional, tem noção da realidade que envolve nossa literatura. Eu escrevo porque gosto, e ponto. Quando eu quiser realmente ficar milionário, eu traduzo ele para outro idioma e tento ganhar em euros rsrsrsrs. Ouvi algumas críticas, mas por outro lado tive quem apoiasse e dissesse que não desistisse, os dois lados da moeda existiram mas o lado positivo pesou mais.

E quem são as pessoas que mais te apoiam ?
Tive grandes amigos me dando força desde o início. Montei um grupo que eu chamo de Betas. Antes mesmo de ler a história eles já apoiavam e botavam toda fé do mundo, acredito que até mais que eu mesmo. Montamos um grupo no face e outro no whats app, eles começaram a ler a saga, foram amando, e dai veio a idéia do romance, que todo mundo aprovou de cara. Eles sempre estiveram dando o apoio que eu precisava, que cada vez que eu levava um não de uma editora eles me estimulavam a não desistir e diziam que eu ia conseguir. Foram muitos "nãos" até chegar um "sim", que veio suado, na participação de um concurso. Esses amigos eu considero como uma família, já que desde o início era o apoio que eu tinha, uma vez que eu não conversava em casa sobre isso. Sou casado e tenho dois filhos, o que significa que se eu ficasse em casa falando sobre o sonho de escrever um livro, de publicar, isso e aquilo, poderia acarretar em problemas, já que sou o sonhador da casa e minha família é do tipo "pé no chão". Eles preferem a realidade, e eu sou mais do mundo da lua. Pra evitar conflitos guardo minhas coisas pra mim, afinal, é complicado morar com uma galera que não curte a Disney como você. Então a gente tem que se virar rsrsrs.

Agora, voltando ao "Estrelas cadentes não dizem adeus". Pelas postagens já percebemos que a personagem principal (Emily) é cega. Houve uma pessoa real ao qual se baseou para criá-la?
A Emily é uma garota linda que tem 23 anos e é cega. Mas é super de bem com a vida, que fique bem claro, sem melancolias hahaha. Quando eu estava na 5º série, eu tinha uma professora de história que assim como a Emily era cega. Ela se chama Luzia e era uma das nossas professoras preferidas. O fato dela ser cega nunca atrapalhou o desempenho dela como profissional, muito pelo contrário, todos ficávamos impressionados com o dinamismo e a inteligência dela, que mesmo com as dificuldades existentes sempre dava um jeito de passar o conteúdo e ministrar uma excelente aula. Enfim, já estava pensando em escrever um romance, uma vez que eu vivia no mundo da fantasia com histórias de anjos, vampiros, bruxos, e afins. De repente veio a mente uma lembrança dessa professora e a história surgiu. Muita coisa do livro eu aprendi com ela, coisas que a gente acha que só acontece em livros e que ela viveu. Foi ai que nasceu a vontade de escrever sobre esse tema, a Emily não tem traços dessa professora, nem a personalidade dela, mas foi a partir do contato que tive, que nasceu o desejo de mostrar algo diferente do que todo mundo já conhece.

Emily foi criada a partir de algumas lembranças da professora Luzia. E os demais personagens, teve algum com um pouco de você?
Eu poderia dizer que tem muito de mim, não diretamente, mas do que eu gostaria de ser. Costumo dizer que alguns personagens são escolhidos a dedo para fazer o que eu gostaria e não tenho coragem. O Mat, por exemplo, que é o rapaz apaixonado pela Emily tem muito de mim. Ele não tem medo de se arriscar (coisa que estou aprendendo a fazer), ele anda de moto (eu queria aprender, mas o medo é maior), ele tem tatuagem (que eu estou aos poucos tentando criar coragem para fazer), ele é super bem-humorado (eu sou um pouco, mas nem chega aos pés dele). Ou seja, o Mat é um pouco de tudo que eu queria ser e a acomodação ou o medo não deixam. Ele é o tipo de amigo que você gostaria de ter, e eu acho que me enquadro nesse aspécto, já que costumo ser amigo dos meus amigos, literalmente. Mas ele tem uma grande tendência a "quebrar a cara", já que com ele não tem meio termo. É insistente e não desiste do que quer. Enfim, esse é o Mat, uma extensão de mim, mas muito bem melhorado, hahaha.

E qual seria a mensagem que você quer transmitir aos seus leitores?
A primeira, divirta-se. A história é empolgante e divertida. A segunda, quebrem seus conseitos e se livrem dos preconceitos. Eu quero mostrar que esse bichinho chamado preconceito está em todo lugar, em toda parte, e que é algo que só existe porque não conhecemos algo suficientemente bem a ponto de se livrar dele. A Emily, mesmo sendo vítima de inumeros preconceitos, também é preconceituosa, ela julga as pessoas que usam tatuagem, por exemplo. Mas a partir do contato com o Mat, a opinião dela vai mudar, e ela vai rever seus conceitos e entender que estava errada. Tudo muda a partir do momento que a gente decide conhecer o outro e ver que ele é mais do que um estereótipo, do que uma idéia. Muita gente poderia ter preconceito pelo fato do Mat ter uma enorme tatuagem, brinco, ser motoqueiro ou coisa do tipo, mas a partir do momento que a gente passa a conhecer ele vai ver a pessoa que de fato é, e que perdemos muito tempo sendo preconceituosos quando podemos aproveitar melhor a companhia das pessoas.

Para finalizar, você poderia deixar algum recado/conselho pro pessoal que também tem esse mesmo sonho de encantar pessoas com suas histórias?
Querer criar uma história, moldar um mundo novo e trazer as pessoas pra dentro do que você criou é bem trabalhoso. Correr atrás de editoras, é bem trabalhoso, mas sabe o que eu digo? Não desista, pois por mais que pareça impossível, é possível sim e a sensação de realização é indescritível. A gente sabe que é um caminho longo e cheio de pedras, mas essas pedras vão nos fortalecendo, os inúmeros "nãos" que a gente recebe nesse percurso, vão nos preparando para o grande e magnífico "Sim". Nunca desistam, porque quando vocês parecerem cansados, o seu sonho vai te dar forças pra levantar e prosseguir. #FicaaDica.



Gostaram galerinha? Estão empolgados (assim como eu) com essa história ? ;D , o livro será lançado no mês que vem (Julho), pela editora Uno, mas não sabemos a data. Também não temos informações sobre sites de compra, quantidades de páginas e etc. Logo após o lançamento do livro, voltaremos com a resenha e mais informações.. Mas caso queiram ficar por dentro é só curtir a página dele J. A. Marcos. Até a próxima!! Beijoos' ;D 
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2 comentários:

  1. Adorei a entrevista. Acompanho a página dele e quero muito ler este livro, parece ser uma história maravilhosa. Ele está de parabéns, espero que faça muito sucesso.

    Beijo!
    www.sobreteusolhos.blogspot.com

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