(Foto via Tumblr)
"Felicidade é assunto tão comum nos dias de hoje. (...) O mundo de hoje encara a felicidade como um dos objetivos principais da vida, pelo menos no Brasil, onde a festa nunca acaba e "ser feliz é o que importa". (...) É preciso compartilhar a felicidade – não no sentido de espalhar alegria, mas sim de publicá-la em uma rede social. É nesse ambiente virtual que a vida se torna perfeita, pontuada apenas por momentos felizes, devidamente registrados. O que o mantém minimamente alegre não é o que acontece em seu dia, mas o número de "curtidas" que seus posts recebem na rede social. A vida levada nesse ritmo acaba se tornando uma espécie de desfile de carnaval. Cada um escolhe sua máscara e publica a melhor imagem de si mesmo". [Portas Abertas, revista ano 33, número 2, página 7]
Este é um pequeno fragmento do texto de uma revista ao qual obtenho assinatura. É sempre interessante analisarmos o desenvolvimento do homem na sociedade. Embora tenhamos nos acostumado com este "mundo virtual", ele é na verdade, algo assustador. Fiz um teste comigo mesma; passei a contar as horas as quais fico em frente há uma tela de computador, tablet, smartphone ou qualquer outro aparelho, e imagine só, nada menos e nada mais do que 8 á 10 horas por dia em média, em dia de semana; finais de semana seria 4 á 5 horas por dia. Muita coisa né? Eu também achei. E o mais assustador é saber que na maioria das vezes, gastei todo esse tempo com nada produtivo ou com uma produtividade muito pequena.
Porém, algo ainda mais assustador é saber que colocamos as nossas redes sociais como algo importantíssimo; levando-nos há enfraquecer e até a anular todos os laços de relação que temos com alguém. Começamos a aniquilar nossa existência nesse mundo e passamos há ter uma no mundo virtual. Em menos de um minuto eu sei como você acordou, como está se sentindo, qual foi seu almoço, com quem você passou seu dia, se brigou com seu conjugue, se tirou nota ruim em uma prova e até sobre o clima e temperatura do local onde você está. Viramos fakes [Quem nunca teve um fake atire a primeira pedra].
É bem mais sério do que pensamos. Isto não é algo que apenas toma muitas horas do seu dia ou lhe dá uma segunda identidade, mas impede você há uma profundidade maior em si mesmo. Um exemplo? Segredos. Não temos mais. Tudo que é novidade, notícia, planos e até sonhos, nós expomos e muitas vezes estes planos nem estão concretizados. Desenvolvemos uma crise de ansiedade e imediatismo que criou um paradigma em avançar numa construção de profundidade em si, tornando-nos rasos e superficiais na forma de pensar e agir.
Havia começado um desafio em postar uma foto por dia em meu instagram, então comecei {1/365}, {2/365}... {63/365}. Embora este desafio seja muito legal, eu comecei a tirar fotos apenas para cumpri-lo e me senti obrigada a todos os dias ter uma novidade ou algo bom para contar. E é claro que nem todos os dias o céu será azul, a primavera será eterna, nem sempre estarei de bom humor ou estarei feliz com todos. Vou decepcionar e ser decepcionada, essa é a própria condição da vida. Comecei a falhar nos dias e ter uma visão contraditória da que eu tinha. Ao invés de fotografar o pôr do sol, comecei a apenas observá-lo. Ao invés de fotografar uma criança brincando na chuva, eu mesma fui brincar. As lentes da câmera são impressionantes, mas no final, a única lente que irá contar são os meus olhos e a minha mente em minha vivência passageira neste mundo.
A felicidade não está em circunstâncias ou bens, pois quando você os obtiver, será apenas um bem, terá sido apenas uma circunstância e a felicidade já não mais estará neles, mas em outras coisas. Essa felicidade passageira irá sempre ser uma grande roda gigante, mas a felicidade eterna é como uma rocha inabalável.
Quer desfrutar uma felicidade eterna e imutável? Conheça Cristo. Deixe-se conhecer e compreender seu amor. Deus é a fonte da alegria. Ouvi uma frase e a encarei como desafio diário, dizia:
"Curta-se mais e seja menos curtido". Pr. Lucinho Barreto.
Obrigada pela leitura.
